quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mimi: a coragem em forma de...gata !

Teve um dia que o Apolo apareceu lá em casa de novo...e o portãozinho estava aberto, então ele entrou.
Quando a Mimi viu, ela levou um susto...os pêlos dela ficaram arrepiados e as unhas grandes saíram em seus dedinhos como se fosse o Wolverine.
Aí o Apolo foi se aproximando dela bem devagarinho...e eu olhando pela janela.
Tive muito medo, mas se eu gritasse, a Mimi poderia se assustar e o Apolo se proveitaria e poderia acontecer o mesmo que aconteceu com a Poca então eu fiquei observando pela janela, em silêncio e torcendo pela minha gatinha Mimi.
Ela foi ficando mais arrepiada e começou a roncar...ela fazia um barulho diferente junto com o ronco...algo bem agudo, que eu acho que deveria espantar o cão assassino, mas ao invés disso ele se aproximou ainda mais...abaixou a cabeça até a altura da Mimi e quase tocou aquele focinho horrível no rosto da Mimi, mas ela agiu rápido e arranhou-lhe os olhos !
Foi fantástico ! A Mimi derrotou o gigante, que saíu assustado !
Fiquei tão feliz...corri até lá fora para abraçar a Mimi...ela estava até tremendo e sem querer me arranhou também, mas foi no braço...
Como a Mimi teve coragem nesse dia !
Mamãe me disse que temos que ser como a Mimi...não importa o tamanho do problema...devemos encará-lo...
Fiquei pensando se eu poderia arranhar os problemas...acho que não...
Mas eu entendi o que ela quis dizer...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A gata Mimi que mais parecia um cachorro...

Depois da morte trágica da Poca, foi difícil voltar a sorrir...a gente  ficava lembrando dela o tempo inteiro...pensando em como ela implorou por ajuda...
O Cecelino ainda estava desaparecido e tínhamos tudo para ter dias tristes...mas a amizade da Mimi com o Snoop nos fez ver que a vida pode ser divertida...
Ali no quintal de casa estávamos protegidos do mundo cruel que existia lá fora...tínhamos árvores e flores e o nosso horizonte eram as cercas de madeira...é, dava para ser feliz !
A Mimi e o Snoop eram muito amigos.
O Snoop sempre ficava observando a Mimi brincando com o Mico...eles subiam e desciam das árvores, rolavam juntos brigando, mas era de mentirinha, e depois voltavam cansados para a varanda...
A Mimi quando voltava com sede tinha preguiça de ir até o outro lado onde ficava o bebedouro dela, então ela tomava água no potinho do Snoop..e ele nem ligava ! Depois ela ainda tirava soneca na barriga dele...
Era tão bom ver ela subindo e descendo conforme a respiração dele...mamãe dizia que a Mimi era quase um cachorro porque ela até imitava o Snoop balançando o rabo de um lado para o outro...
Mamãe também disse que a amizade faz a gente ficar parecido com a pessoa...por isso que a Mimi parecia o Snoop...e ela disse que amizade é a coisa mais importante...eu entendi o que ela disse !
Mimi fazendo pose na árvore/ by Rosemary

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O assassinato...

Percebemos que o pequeno portão de madeira estava aberto (esquecíamos com frequência) e o enorme cão preto entrava por ele...
Era tarde demais...
Snoop latia muito, Poca inocente comia hortelã sem imaginar o que se aproximava...
Tentamos afastá-lo, jogamos pedrinhas nele, e ele pareceu mudar de direção por um instante e ir embora MAS foi aí que ele viu a Poca....
Ela passeava e a gaiola estava por perto, aberta....
Tentamos correr para pegá-la mas ele nos olhava e rangia os dentes, nos deixando com muito medo...
Começamos a gritar para que alguém nos ajudasse, enquanto olhávamos estarrecidos para a pequena Poca entrando em sua gaiola, já atônita...
O Apolo era grande, assustador...e nem o Snoop poderia lutar contra ele, embora por sua  agitação, pobrezinho, creio que se arriscaria, para proteger a amiga e não nos ver sofrer...
Tentamos a mangueira de água, abrimos a torneira e direcionamos para o Apolo...
Ele não parou, balançou a gaiola onde a Poca entrou, atencioso e cruel...
Ouvimos a voz da Poca...sim, aquele barulhinho fofo intensificou-se e ela agora parecia desesperada...
Não queríamos olhar, mas ainda tínhamos alguma esperança quando vimos o Apolo abocanhar a Poca....foi tão terrível...
Ela ainda estava viva pois fazia um barulho muito alto de desespero...e não podíamos fazer nada...
Usamos novamente a mangueira, dessa vez para bater no assassino...mas não adiantou...
Mamãe saiu de casa assustada pela gritaria mas nos mandou entrar pois não havia mais nada a ser feito...
Apolo, assassino brutal saiu de casa pelo portãozinho de madeira carregando Poca em sua boca...e nunca mais a vimos...
Mas a imagem da Poquinha, o som do seu desespero...nunca mais esqueceremos...
Esse é meu diário/ by Rosemary
(termino essa postagem muito triste, mas quero agradecer aos meus irmãos por terem me ajudado a recordar cada detalhe e compartilhado esse momento comigo...)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A substituição: Pipoca !

Depois que o Cecê fugiu, ficamos muito tristes...
Foi aí que mamãe trouxe a Pipoca...uma porquinha da Índia tão fofa...
Ela era branquinha e comia muita couve.
Colocamos a Poca, que é o apelido que colocamos nela, em uma gaiola que não era tão grande, então de vez em quando a gente soltava ela na grama da frente de casa para que ela passeasse um pouco...
Sempre ficávamos de olho pois a Mimi e o Mico poderiam machucá-la...
Ela andava bem devagarinho, mal saía do lugar...era uma fofa !
O Snoop não era uma ameaça...ele apenas a observava comer a grama e hortelã...
Lá em casa tinha muito hortelã, que plantamos uma vez e espalhou por toda beira da casa...
A Poca as vezes fazia um barulhinho fofo...mas geralmente era silenciosa...
Um dia a Poca estava passeando pela grama quando percebemos que o Mico e a Mimi subiram no telhado e de repente o Snoop ficou agitado...estávamos com problemas...

CONTINUA...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

APOLO chega e Cecelino foge de casa...

Tudo ía bem...Mimi, Mico e Cece se divertiam muito e Snoop não os incomodava...até gostava !
Era engraçado ver o Snoop observando os gatinhos, parecia que ele sorria !
Mamãe dizia que não...que na verdade ele pensava na tristeza de sua vida preso a uma corrente enquanto os gatos subiam e desciam das árvores o tempo todo.
Acho que ele sorria mesmo...ele gostava dos nossos amiguinhos...
Até que um dia apareceu na vizinhança um grande cão chamado Apolo...ele era mau !
Ele perseguia o Snoop, assustava os gatinhos...e não podíamos fazer nada para impedir...
Era triste...
Até que um dia, já cansado de ver sua irmã Mimi e o pequeno Mico fugirem pelos galhos, Cecê decidiu ir embora de casa...e partiu...
Procuramos durante mais de uma semana, gritamos seu nome pelas ruas e nada...
Achamos que ele poderia estar morto...então procuramos pela mata...e nada !
Ele tinha mesmo fugido...
Cecelino Álvaro de Carvalho/ by Rosemary
Continua

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Mico chegou !

Eu sempre quis um gato preto...e eu tinha medo disso.
Eu já tinha conseguido isso antes, tive um lindo gatinho preto dos olhos verdes como safiras que brilhavam no escuro...eu amava meu gatinho, mas ele sumiu.
Saímos de rua em rua procurando, com medo de que alguém lhe fizesse mal.Não encontramos...
Agora, diante da ninhada de gatinhos eu tinha novamente a oportunidade de ter um gato preto.
Não sei qual é o problema com gatos pretos, eles são lindos !
As pessoas falam que traz má sorte, associam com coisas feias...engraçado isso...será que a culpa é de Edgar Allan Poe ?
Corremos para a casa da Tia Nice e lá estava o lindo gatinho preto, igualzinho o primeiro que tive, oMico...
Levamos para casa e ele nos divertiu muito !
Uma certa manhã acordamos e fomos procurá-lo na caixinha com toalhinhas onde ele dormia, e ele não estava lá.
O desespero foi completo ! Será que ele sumiu ? Será que todo gato preto some misteriosamente ?
E passamos a procurá-lo durante toda aquela manhã de sol.
Procuramos em todo o espaço verde que havia entre as cercas de madeira envelhecida...e nada !
Resolvemos procurar dentro de casa, ele não podia ter ido tão longe...
Olhamos armários, guarda-roupas, cestos, tudo ! e nada !
Até que minha irmãzinha resolveu procurar na cozinha...que óbvio ! Um lugar cheio de delícias ! Paraíso para um filhote !
Procuramos no fogão, cruzando os dedos para não encontrá-lo em estado cruel...
Não estava na geladeira (?), nem no armário de panelas, nem nas prateleiras...
Procuramos na gaveta de talheres, certos que de lá era impossível que ele tivesse entrado...e erramos !
Lá estava o pequeno Micóly (foi assim que o batizamos em homenagem ao primeiro Mico, que sumiu) miando baixinho...
Ele entrou pelo fundo do armário de panelas que tinha um espacinho que dava para as gavetas...
Foi um estouro de gargalhadas !
Esse Mico era bem divertido !
Ele ficou bem amigo da Mimi e do Cecê...brincavam juntos !

Mimi e Cecê brigando enquanto Mico observa/ by Rosemary
CONTINUA

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A hora da escolha...

Não foi fácil escolher qual dos dois gatinhos seriam mimados e depois levados para longe...e para sempre.
Mamãe sugeriu que deveriam ficar em casa os mais fortes e resistentes, e nós resolvemos que ficariam os mais bonitinhos.
Escolhemos mimar o Gugu e a Dedé e trocamos seus nomes para Simba e Nala.
Durante três dias a gente brincava o tempo todo com eles, enrolávamos em toalhinhas, água e comida a todo tempo e eles se divertiam muito.
Já o Cecê e a Naná ficam trancados em uma gaiola de passarinho. Eram proibidos de brincar e não ficavam no nosso colo.
Eu sentia pena deles, mas sentia mais pena ainda do Simba e da Nala...afinal eles estavam sendo enganados, achando que a gente gostava mais deles do que dos outros, que eles eram os queridinhos quando na verdade eles teriam que partir...
O dia de ir embora chegou rápido...papai colocou os dois na caixa de papelão e disse que os levaria de volta para a casa da Neurídes, a vizinha da minha vó....e nunca mais os vimos...
Ainda lembro do olhar triste dos dois olhando pela tampa da caixa enquanto o carro partia....
Choramos muito....foi muito difícil ter que escolher, mas mamãe disse que a vida é cheia de escolhas e que faríamos isso muitas vezes ainda...
Nunca mais tive que mimar alguém para depois mandar que ela fosse embora...mas talvez já tenham feito isso comigo e eu nem percebi...
Depois daquele dia Cecê e Naná receberam todo o nosso amor e atenção.
Batizamos o Cecê como Cecêlino Álvaro de Carvalho...achei que ficaria boa a combinação....
A Naná chamamos de Mimi. O nome é Michele, Mimi é apelido.
O Cecê e a Mimi nos acompanharam em muitas aventuras....
A Mimi ficou muito amiga do Snoop, eles até dormiam juntos.
Já o Cecê era mais "na dele"...
Um dia recebemos a notícia de que minha tia Nice tinha uma ninhada de gatinhos e um deles era preto...
Eu sempre quis um gato preto...e fomos correndo para lá....
Ninhada de gatinhos da tia Nice / by Rosemary


CONTINUA

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

E tinha também o Snoop...

A história do Snoop foi assim: a gente queria um cachorrinho e aí mamãe nos levou até a Casa de Ração da Dona Mirtes, onde estavam doando cãezinhos.
Quando chegamos lá o mais bonitinho era um amarelinho que levamos para casa em uma caixa de sapatos.
Ele era tão amarelinho que resolvemos colocar o nome dele de Simba, em homenagem ao filho do Rei Leão, porque ele parecia mesmo um leãozinho.
Só que aí percebemos que ele não ía crescer muito...então não poderia ter nome de leão...e o pior é que ele já estava acostumando com o nome...mas tivemos que trocar.
Um cãozinho pequenininho só poderia se chamar Snoop.
Mas foi um erro porque ele cresceu bastante...mas aí ele não queria trocar de nome novamente...
Só que um dia o Snoop sumiu...aí pensamos que não tínhamos mais nenhum bicho em casa...então trouxemos o Cecê, a Naná, o Gugu e a Dedé....
Eles vieram em uma caixa de papelão e eram tão bonitinhos...
Mas mamãe disse que não poderíamos ficar com os 4, então resolvemos mimar dois e deixar de lado outros dois.
Os mimados a gente doaria para alguém, é que assim teríamos dado muito amor para eles não se chatearem com a gente...e os dois que ficassem entenderiam o que fizemos pois teríamos toda vida para mimá-los.
Escolher dois não foi fácil...só sabíamos que seria um macho e uma fêmea...mas qual deles ?

CONTINUA...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Lá em casa...

Tinha uma cerca de madeira envelhecida e um enorme espaço verde...
Lá dentro tudo acontecia, desde árvores que nunca foram plantadas crescerem até gatos canibais.
Era um mundo mágico, onde havia espaço suficiente para sonhar e viver tranquilamente...
De manhã se ouvia o canto de pássaros que não existiam...porque quando eu ía lá fora procurar por eles, eles nunca estavam...
Teve uma vez, uma só, que eu vi um grande pássaro preto que achei lindo...mas falavam que era feio e trazia má sorte...eu acreditei...
Um dia a gente estava brincando no quintal, quando papai disse que poderíamos ter um animalzinho..
Fiquei tão feliz...já fazia tempo que a Laila tinha morrido e precisávamos de companheirinhos de aventuras...
Fomos até a casa da Neurídes...uma vizinha da minha vó...e ela tinha uma caixa de papelão com quatro filhotes, que convencemos papai a levar para casa...
Foi assim que conhecemos Cecê, Naná, Gugu e Dedé....

CONTINUA...