terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O assassinato...

Percebemos que o pequeno portão de madeira estava aberto (esquecíamos com frequência) e o enorme cão preto entrava por ele...
Era tarde demais...
Snoop latia muito, Poca inocente comia hortelã sem imaginar o que se aproximava...
Tentamos afastá-lo, jogamos pedrinhas nele, e ele pareceu mudar de direção por um instante e ir embora MAS foi aí que ele viu a Poca....
Ela passeava e a gaiola estava por perto, aberta....
Tentamos correr para pegá-la mas ele nos olhava e rangia os dentes, nos deixando com muito medo...
Começamos a gritar para que alguém nos ajudasse, enquanto olhávamos estarrecidos para a pequena Poca entrando em sua gaiola, já atônita...
O Apolo era grande, assustador...e nem o Snoop poderia lutar contra ele, embora por sua  agitação, pobrezinho, creio que se arriscaria, para proteger a amiga e não nos ver sofrer...
Tentamos a mangueira de água, abrimos a torneira e direcionamos para o Apolo...
Ele não parou, balançou a gaiola onde a Poca entrou, atencioso e cruel...
Ouvimos a voz da Poca...sim, aquele barulhinho fofo intensificou-se e ela agora parecia desesperada...
Não queríamos olhar, mas ainda tínhamos alguma esperança quando vimos o Apolo abocanhar a Poca....foi tão terrível...
Ela ainda estava viva pois fazia um barulho muito alto de desespero...e não podíamos fazer nada...
Usamos novamente a mangueira, dessa vez para bater no assassino...mas não adiantou...
Mamãe saiu de casa assustada pela gritaria mas nos mandou entrar pois não havia mais nada a ser feito...
Apolo, assassino brutal saiu de casa pelo portãozinho de madeira carregando Poca em sua boca...e nunca mais a vimos...
Mas a imagem da Poquinha, o som do seu desespero...nunca mais esqueceremos...
Esse é meu diário/ by Rosemary
(termino essa postagem muito triste, mas quero agradecer aos meus irmãos por terem me ajudado a recordar cada detalhe e compartilhado esse momento comigo...)

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